A lei da mente é implacável. O que você pensa, você cria; o que você sente, você atrai; o que você acredita, torna-se realidade. Buda

15 novembro, 2009

Churrasco

Pois o churrasco, prato característico do Rio Grande do Sul, correu o mundo e tomou algumas ou diversas variações. A mais comum pode-se dizer que é a 'carne assada' que os Argentinos usam fazer. Mas há outras...

.. variações à original conforme a região do Brasil ou de fora dele.

Nos domingos é bastante característico nos reunirmos em torno da mesa com o tradicional churrasquinho dominical. Acompanhado de salada de batatas com maionese, tomates e cebolas e algum verde. Há quem goste também do pão no acompanhamento, não esquecendo da farinha.

Lá na origem o churrasco era composto de carne (normalmente costela), assada somente com sal grosso sobre braseiro. Este é o legítimo churrasco rio grandense. No tempo dos tropeiros que viajavam do Rio Grande do Sul a São Paulo, usavam também e como aperitivo, o matambre (mata fome, do espanhol: mata el hambre que virou matambre) assado em tirinhas. E isto à sombra de alguma caneleira, nos campos de cima da serra, fim do dia. Ou nos campos do Sul, nos pampas, onde o olhar se perde na imensidão e no silêncio em contemplação.

Falei em churrasco rio grandense e não no churrasco gaúcho, por ser esta palavra denominação não somente de habitantes do Rio Grande do Sul. O gaúcho é o habitante do Pampa, região que abrange parte do Rio Grande do Sul, parte da Argentina e do Uruguai. E nestes outros países os 'gauchos' fazem sua carne assada de forma diversa do gaúcho rio grandense. Aliás a palavra 'gaucho' já foi um termo pejorativo em sua origem (ladrão, baderneiro). Hoje no dicionário de Espanhol se encontra como definição: 'Noble, valiente y generosa'.


Hoje nosso churrasco já recebe a farofa, as saladas, pão, cervejinha, uma branquinha antes (para espantar o calor ou para aquecer no frio) e a caipirinha. O bate papo que aproxima a família, falam dos adoloscentes ainda dormindo, essa juventude não tem jeito (como se nos tempos dos pais não fizessem o mesmo). À tarde, com quase certeza irão ao sofá esparramar-se como polentas, digerindo a fartura ingerida.

Daí se pode quase dizer que o domingo é um dia de festa, até logo após o churrasco. À tarde os adultos dormem, as crianças brincam sós, muitos vão ver a tal TV com sua porcariada de domingo.

Então, nossa receita deste domingo é o churrasco, gaúcho rio grandense tradicional. Ou melhor, quase. Vamos usar a versão atual e da cidade. Não vamos chegar ao fogo de chão e espeto de vara.

Vamos de novo: churrrasco gaúcho rio grandense 'quase tradicional'. Carne somente com sal grosso, churrasqueira com lenha queimando deste cedo, tipo 8 horas da manhã. Colocar a carne cerca de duas horas antes do horário previsto para servir e com o cuidado de agora não ter mais chamas, somente brasas. Coloque em princípio bem alto, longe das brasas. Se for carne com osso, coloque com este lado para baixo até virar. Aliás, vira-se uma só vez.

Em torno deste ambiente, reúna os amigos e familiares, lembrando previamente para dizer a todos que cheguem cedito, nada de aparecer somente na hora de comer. O melhor do churrasco de domingo são as preliminares. Preparar a carne, temperar as saladas, falar boas falas, biritar, uma cervejinha já vale lá pras onze da manhã, ir colocando carinho na preparação, aprochegando os viventes, aculherando tudo para, à hora de comer, já estar com o papo em dia, a alma leve, a alegria estampada.

Dá quase para cometer a heresia de dizer que ao servir a carne, embora pareça a principal parte da festa, é como o orgasmo: sensacional, mas finalístico. Depois vem o soninho, a recuperação. E a preparação para mais uma ... boa semana.

Feito então! Churrasquinho acompanhado com bons papos com a família e amigos desde logo cedo. Alegria permanente, harmonia e alguma fome.


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