A lei da mente é implacável. O que você pensa, você cria; o que você sente, você atrai; o que você acredita, torna-se realidade. Buda

24 abril, 2010

Enfrentar o dragão

Esta é uma pequena história sobre enfrentar o dragão. Ou não. Encontrei ontem um rapaz que conheci no dia 31/DEZ passado logo pela manhã. Seu carro estava em um valo de minha rua. Havia chegado ali pela madrugada, mas, felizmente, não fez muito barulho e não acordou a vizinhança.





Tentamos ajudá-lo a tirar o carro, mas sem sucesso. Era muito barro, o carro pesado e enfiado literalmente num buraco. Para entender, a rua em que moro, embora no centro da cidade, não tem calçamento e a descida das águas das chuvas é pela valeta à margem. Ocorre que, sendo um subida íngrime, a água com a ajuda do tempo fizeram só aumentar tal valeta, hoje está um valo considerável.

E o carro amanheceu ali. Muitas tentativas após, veio um guincho com tração e mais umas duas horas o carro saiu. Totalmente ileso, sem um arranhão, felizmente.

Agora ele estava me explicando o que, afinal, foi fazer ali pela madrugada, considerando que sua placa era de longe, estava chovendo, a subida é muito forte e escorregadia. Ruim memso para quem não tem prática.

Na festa que rolou na noite, ele conheceu uma garota. Ficaram, fizeram mais sei lá o que e depois ele foi levá-la embora. Considere que ela também era turista, não conhecendo a cidade muito bem. Explicou-lhe sob efeito das biritas da noite o caminho e ele se foi. Ela cochilou.

No entendimento dele, estava seguindo o caminho certo. Mas de fato, com toda a certeza, este caminho nunca levaria ela para casa. Minha rua termina logo após a minha casa e não há mais residências no local. Então, se a intenção era achar a casa dela, estariam errados. Se havia outra intenção, danaram-se.

O que mais interessa aqui para nós foi a forma que ele descreveu toda a situação. Começou dizendo que "era uma gatinha meu, que eu nem acreditava que iria se ligar em mim". Depois foi em frente e disse que "nenhum dos meus amigos acreditou que eu estava com aquela garota".

E, para mim, tudo começou a fazer sentido. E mais, "... a noite foi passando e ela na minha, eu nem acreditava". "Começou a rolar beijos e abraços e dançamos abraçados de um jeito muito ... eu tava bobo..."


"Bom, quando falei de sairmos dali e ela topou, avisou as amigas que ia sair comigo, assim, na boa, eu tive que dizer pro meu camarada: tem algo errado nisso, não pode... uma garota dessas comingo...".

E seu papo foi andando e eu estava numa mistura entre sorrir e rir. Até que ele perguntou o motivo e lhe expliquei: "o que tu pensou que poderia rolar entre Vocês se tu não acreditava em ti e nem no que estava querendo rolar?. Se tu não acredita em ti, quem iria acreditar? E tu mesmo tratou de achar uma maneira de estragar o que poderia ter sido, não foi? Achou um buraco para quebrar a onda?

Depois me disse que a garota ficou tão braba com ele pois brigou que ele só estava preocupado com o carro que nem ligou se ela saiu no barro, etc, etc... E tudo se encaixou. Lhe perguntei sobre o depois e ele disse que "ela nem atendeu o telefonema dele no outro dia. E completou: eu sabia, era só porque era festa. Eu sabia que não era pra mim aquela garota, muito bonita, muito gostosa..." .

Bom, não entendeu de fato o que eu disse. Claro que sobre acreditar em si parece que foi apropriado por ele, mas o restante, que ele estragou a noite por não acreditar nela ou pior, por medo do que poderia acontecer... Isto ele não entendeu ou não aceitou.

Mas para nós fica a lição, a idéia da coisa toda. Um bom exemplo, às custas do rapaz, infelizmente. Mas de toda forma, foi ele quem quis assim, permita-se então.

E sobre o que falei ali acima: "por medo do que poderia acontecer" significa isto mesmo. Vejamos bem, se a pessoa não acredita em si, se não se acha capaz, se sai com a garota como quem vai enfrentar o dragão que poderá devorá-lo ou com quem ele poderá falhar pois afinal ela é muito tudo para ele, tudo o que tenderá a fazer é fugir para não correr o risco de uma derrota. E foi o que ele acabou fazendo. Não vi o ocorrido na madrugada, mas carros não conseguirem subir aqui e simplesmente descerem sem problemas é comum. Então, por que ele foi para o buraco?


Só vamos esclarecer um pouquinho mais, afinal a garota pode ler isto e se ofender. O dragão em questão não é ela, ele a descreveu como bonita, uma gatinha, gostosa... O dragão está dentro dele, dentro de sua cabeça, faz parte de suas crenças. A cada vez que ele tem de encarar algo para o que não se sente capaz, o dragão sai da toca e o amedronta. E é ele quem tem de enfrentar o dragão e derrotá-lo. Depois, quem sabe, poderá encontrá-la novamente.

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