Outra pequena história sobre Crenças e Programação. Leia no post de ontem, 02 de março, o que queremos dizer com isto. Esta historinha se passou dentro de casa, com minha filha que hoje já passou dos 20 anos.
Tem um final feliz no sentido de ter criado um bom hábito, mas a questão inicial permanece: a história contada ou a afirmação inicial não era verdadeira, era uma brincadeira que a criança não consegue distinguir.
E estas coisas vão formando nossas ...
... crenças e nos programando.
Lá no início da vida, quando a criança já começa a executar certas atividades de higiene pessoal, as quais devemos estimular, eu brincava com minha filha a respeito da escovação dos dentes.
Eu a chamava dizendo: "vamos lá, tá na hora de escovar os marfins. Afinal, o elefane tem valor pelos marfins. Vamos caprichar."
Imagina o que poderia passar na cabeça fervilhante de uma criança. Se o elefante, grandão e importante, tem que valorizar os 'marfins', quem dirá eu, uma criança tão pequena e desconhecida.
E ela passou a escovar seus marfins com dedicaçãoe afinco. Bom resultado!
Ocorre que anos mais tarde, nem sei que idade ela tinha, me confessou que fazia pouco que tinha descoberto ter sido enganada. Ela descobriu, nem perguntei como, que os dentes não eram de marfim e que a comparação era imprópria, indevida. Acho que chegou a dizer 'idiota'. Nem lembro ao certo, mas não retrucaria.
Então, de uima brincadeira feita para tornar o momento mais divertido e a escovação uma atividade prazeirosa, criou-se uma falsa crença. Por sorte, muita sorte, o resultado foi positivo e a descoberta se deu de forma tranquila. E eu, claro, nem lembrava disto. Por certo tinha a certeza de que isto não iria causar nenhum dano, problema, ou algo parecido.
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