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Os pensamentos, as imagens formadas e descritas, são falhas, incompletas, cheia de incongruências. E o motivo? Nossa capacidade de entender ou de reconhecer como é de fato ter ou estar numa determinada posição. Em quantas situações que Você queria estar, numa festa ou emprego, por exemplo, e depois de lá estar se sentiu decepcionado? O que isto significa? Que não conseguíamos imaginar as coisas como elas de fato são. E então voltamos ao início: Não conseguimos, na maioria das vezes, nos imaginar totalmente e consistentemente em tal situação de nosso desejo.____________________________________________________
Se eu nunca vivi como uma pessoa rica, se nunca tive um salário bom, ganhos mensais de vulto, devo fazer um exercício de aprendizado para entender a mecânica das coisas. Ou seja, como é de fato ter um salário de 5 dígitos. O que eu faria, como moraria, quanto investiria, quanto estaria disposto a mudar meus hábitos, que carro teria e a despesa que este iria gerar, etc. Somente fazendo um exercício assim, um verdadeiro aprendizado, é que iria começar a entender o todo da minha vida em dada situação. E assim, poderia imaginá-la com facilidade e de forma consistente, sem contradições.
Conheço uma pessoa que tinha algumas perspectivas de vida após entrar no mercado de trabalho com a formação que estava finalizando. E suas idéias eram a de que "poderia ter e fazer um monte de coisas com tal salário". A cerca de um ano entrou numa empresa com o salário pretendido. Passou de ganhos de menos de mil reais para 6 vezes isto. Ou seja, ganhava perto de setecentos reais como bolsa de estágio e passou para quase cinco mil reais.
E agora? Tem um belo carro (com prestações mensais), um bom apartamento (com prestações mensais), e dívidas de cheque especial e cartões de crédito se acumulando. E não consegue fazer nem mesmo pequenas viagens com o carrão pois não sobra para tal coisa. Por que isto aconteceu? Imaginava a forma como viveria após estar neste estágio de salário. Não sabia o suficiente, no entanto, quanto à capacidade que teria com tal salário de se endividar. Ou de outra maneira, não sabia que deveria planejar o que comprar primeiro, estabelecer prioridades, fazer um bom planejamento para se colocar na vida confortável que desejava.
Simplesmente se deixou levar pelos sonhos. E foi comprando: o carro, é algo muito fácil de adquirir via financiamentos, mas gera despesas que muitos nem conhecem no total. (Já falamos neste Blog, um carro popular com uso normal pode resultar em despesas próxima aos mil reais mensais. Imaginemos um carro não popular). Um apartamento, dependendo de sua renda, pode ser adquirido hoje com certa facilidade de crédito, financiados diretamente com as construtoras. Mas é um pagamento mensal obrigatório, deve ser computado num planejamento prévio. Os móveis e utensílios, o padrão de vida (cinema, teatros, livros, restaurantes, um barzinho, aquela ida à praia....) e as despesas vão crescendo. Ah, antes de tudo o mais: o sócio majoritário ou prioritário de nossos ganhos: os tributos e impostos. Esta pessoa nem mesmo tinha a noção em quanto resultaria na sua conta de fato de seu salário após a retirada na fonte de: encargos sociais, imposto de renda, associação de empregados, auxílio médico, previdência privada, etc.
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