A lei da mente é implacável. O que você pensa, você cria; o que você sente, você atrai; o que você acredita, torna-se realidade. Buda

21 novembro, 2009

Mais Churrasco

E a receita que costumávamos colocar no Domingo, passará para os sábados. Até por um motivo lógico: Se a idéia é a de dar opções ou sugestões par ao domingo, não há lógica em colocar o post no domingo as 13 horas. E vamos falar novamente e mais um pouco sobre...

... o churrasco.

Não podemos dizer que foi uma contestação o que recebemos a respeito deste prato tradicional, mas foram colocações a respeito da origem e da receita tradicional.

A origem, como foi colocado num e-mail recebido, pode até não ter sido no Rio Grande do Sul, pode ser um tipo de prato que tenha vindo de fora. Afinal, até a bombacha tradicional do Rio Grande tem sua origem nas roupas usadas nos desertos pelos beduínos.

Mas vamos manter a idéia de que, no Brasil, o churrasco foi implantado pelos tropeiros originários do Rio Grande. Era de lá a tradição e produção do charque: carne salgada secada ao sol. O sal servia como conservante da carne.

Aliás, mais ainda, o charque foi um dos motivos primeiros da Guerra dos Farrapos. O governo imperial do Brasil, sediado no Rio de Janeiro, por questões políticas, resolveu comercializar o charque da Argentina deixando os Gaúchos com sua produção encalhada. E mais ainda, este comércio se deu com valores acima do que era pago ao Rio Grande. Isto foi a gota que levou os Gaúchos ao desespero e à Guerra.

Sobre a receita, voltemos à questão do charque: carne salgada e colocada ao sol para secar, curtir, uma forma de conservá-la. O churrasco era a mesma carne só que assada logo após salgar. Carne verde ainda. A mesma que compramos hoje nos mercados e açougues.

E porque de costela? Por que a carne mais nobre era vendida para o cenro do país, ainda império, e a costela era uma peça desprezada pela nobreza. Então o gaúcho, nos caminhos dos tropeiros, tinha a costela, o sal e o fogo de chão.

Certa vez ouvi uma professora de Tradições falar do fato de que o churrasco não poderia ser considerado um prato tradicional pois não tinha uma receita. Em cada região era feito de uma maneira dieferente. Afora a carne e sal, temos a carne com salmora de sal fino, a carne temperada com ervas e sal, a carne marinada em vinha d'alho, etc. E na forma de assar: sobre brasas, direto no fogo, em grelhas, em espetos, etc. No meu entendimento isto não invalida a idéia da tradição. O fato de eu mudar alguns temperos num filé ao molho madeira, não tira deste prato sua tradição. Eu é que não o poderia chamar pelo mesmo nome.

Buenas, conversa feita, espero que tenhamos acolherado melhor as opiniões, vamos neste domingo, amanhã, para mais um churrasquinho. Eu vou fugir da tradição novamente: vou assar na brasa e somente com sal uma maminha e salsichão. Maminha inteira, assada lentamente iniciando longe do fogo, depois virar e baixar.

Nosso domingo vai ser de limpeza de pátio, arrumação de jardim, alguns afazeres na casa e o churrasco no paiol. Claro que o fogo será feito cedo, lá pelas 15 horas  pois optamos nos domingos de faina na casa, por lanchar ao meio dia e almojantar lá pelas 18 horas.

Isso então, tarefas divididas, papo alegre e descontraído, lenha queimando para espantar os mosquitos, carne assada bem devagarito e servida com carinho. Ah, e uma saladinha.

Bom Domingo!!

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