A estrada era rotina diária, de moto, tranquilo, atento. De tão tranquila rota, a distração foi se achegando. Num dia, caminhão com sol de frente, avançou a pista. Desviar foi impossível. Repentino silêncio celestial, estirado ao chão. Aos poucos ouviu algumas falas, ninguém chega perto. Sente-se em uma poça viscosa e quente. Seu dedo mínimo da mão esquerda dói. Mexe a mão e o segura para não perdê-lo. O tempo parou! Parece. Alguns séculos após, foi o que pareceu, ouviu cirenes. Nada mais conseguia mexer, mas manteve a todo custo a consciência. Ao ver os para-médicos, apagou. Dias depois, visão embaçada, um teto branco, muitas mangueiras lhe entubando, reconheceu algumas vozes. Aqui não é o céu. "Deus, obrigado por não me receber ainda!"... pensou.
Leia mais....
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Toda opinião é aceita e respeitada. Seja bem vindo a este Blog!!!