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Seguindo a história de Carlos que falamos ontem, vem a pergunta: de onde vem esta idéia de que nossa vida é regida por um estudar várias coisas que ninguém sabe quem escolheu e depois ir trabalhar como empregado e, seguindo a mídia, ir comprando as coisas que a TV e outros meios de comunicação (ou seria massificação) nos diz para comprar?
Rumo da prosa
Aqui um amigo de outros tempos me diria, 'é melhor mudar o rumo desta prosa!'. Pois prefiro manter o rumo da prosa como forma de um pensar sobre formas desenhadas e estruturadas para que toda a boiada siga uma corrente e acabe sempre da mesma forma. E depois ainda há quem diga: seja diferente, lute, vença na vida!. Que isto significa? As pessoas são massificadas e depois tem de achar um meio de sair da massa e se destacar? É uma tarefa um tanto hercúlea.
Vamos ao desafio
O grande desafio da vida parece que é mesmo o de sair da roda. Da gaiolinha de hamster. Fugir da eterna rodinha onde a maioria fica inserida por muitos e muitos anos. Muitos, infelizmente, por todos os que lhe cabe. Nosso ensino não contempla aulas de matemática financeira, investimentos, ganhos com mercado de capitais, etc. Pequenas coisinhas úteis.
Como li certa vez num artigo de renomado estudioso do mercado, somos ensinados a sermos empregados. A massa não é ensinada para ser empregadora, empreendedora. Vivemos no Brasil um momento de grande empreendedorismo, mas ele se deve mais à necessidade de buscar desesperadamente uma alternativa do que a características de nosso povo.
E se Você é ensinado a ser empregado, também é ensinado a ser um consumista por indução. O que a TV e outros meios de massificação lhe dizem, Você faz. Então, comprar um automóvel é a única coisa que um jovem tem em mente com o primeiro emprego (a maioria ao menos). Claro que antes já veio o celular com despesas mensais para baixar músicas, bater papos desnecessários (ou que seriam muito melhores ao vivo), e suas despesas permanentes. Sim, sei que é baratinho, qualquer um tem, mas custa mensalmente uma despesa desnecessária por vezes. O que estou falando aqui é da desnecessidade de se adquirir coisas apenas porque outros as tem. Problema dos outros! a cada vez que faço um cadastro em algum lugar e respondo "não tenho" para a pergunta 'número do celular', vem logo o olhar incrédulo e piedoso do "como assim?". Um dia uma senhora, atendente numa empresa, ainda disse: "coitado, mas é tão baratinho...."
Pois então, a cultura de massa também lhe estimula a ter cartões de crédito. Vários deles inclusive. Você os recebe pelo correio e sempre é tentado a abrir e ler a cartinha que vem junto. Era só para ver o que diziam, mas acaba colocando na carteira: "vá que um dia eu precise". E costuma 'precisar' no próximo passeio. Pronto, está feito, mais uma conta. Mais um passo para dentro do buraco.
Sem catástrofe!
É parece que o artigo de hoje está soando catastrófico. Não parece? Pois é esta mesma a intenção! A intenção é de alerta. Alertar Você para que faça uma inspeção de consciência e uma profunda reflexão sobre o que, dentre tudo o que tem e que são passivos (tiram dinheiro de seu bolso) são necessidades.
Avalie, não é por ter estado num sistema que lhe ensina a simplesmente consumir, a simplesmente fazer contas para sustentar um modelo de economia que existe assim, que Você não poderia avaliar, pensar melhor e optar por sair deste sistema.
Lembre, nosso modelo de economia mundial é o da produção. Se há a simples produção tem que haver o consumo. Se alguém produz para gerar renda, dinheiro, alguém terá de comprar para pagar a conta. E este alguém, cuidadosamente escolhido, é Você! E tem quem se acha menosprezado, que nunca é escolhido para nada. Viu que mentira Você mesmo se prega por vezes? Você é sim o escolhido, mas para pagar a conta da festa, não importa se com o dinheiro que não tem. Pague juros, multas, mas pague para manter o sistema.
Sempre há saídas
Bom podemos fazer uma fezinha na Megasena, certo? Li outro dia que a chance de ganharmos na mega é 600 vezes menor que sermos atingidos por um raio. Uau! Agora peguei pesado! Mas vá lá, é uma saída e muito boa. Se soubermos administrar isto depois. Claro que alguém que está atolado em cartões de crédito, contas de celulares (seu, do cônjuge e dos filhos de menos de 10 anos) para pagar, aluguel ou prestação interminável de uma moradia, plano de saúde (ou de doença), contas mensais intermináveis de telefone, energia, carnês de lojas, prestação do automóvel, IPVA, IPTU, condomínio, etc, etc, dificilmente será a pessoa mais apropriada para gerir uma fortuna. Vai logo mandar tudo embora. É sério! Não estou sendo catastrófico agora, apenas realista.
E a saída?
Falamos ali acima: "faça uma inspeção de consciência e uma profunda reflexão sobre o que, dentre tudo o que tem e que são passivos (tiram dinheiro de seu bolso) são necessidades". Avalie seriamente qual a necessidade de tudo o que Você possui e que gera despesas constantes. O carro? Se Você trabalha a 5 quarteirões de casa, para que carro? Os celulares? Se Você (ou quem de sua família os tem) usa o celular para lhe dar dinheiro, para o trabalho (funcionando como um ativo), pode ser uma necessidade. Se é apenas pelo ter, para poder ligar para casa e dizer: "estou saindo do escritório, quer que passe no mercadinho?" Ora bolas, ligue do escritório antes de sair!
Seus filhos pequeninos tem celular para bater papinhos com amiguinhos? Só isso? Ah, não, é para Você poder se comunicar com eles sempre que desejar aplacar sua ansiedade sobre 'perigos' do dia-a-dia. Beleza! Mantenha se achar necessário e se isto vai aliviar uma possível conta de psiquiatra ou neurologista. Caso contrário, tira esta despesa da mão das crianças. Elas não precisam disso, acredite! Elas precisam é brincar, bater papo ao vivo com os amigos, interação, reunião. E este modernismo todo onde se vê um grupo de amiguinhas na praça, com vejo em minha cidade, e cada uma delas conversando ao celular com alguém que não está presente, é algo que ninguém me explica.
Bom, perguntaram se há uma saída. Eu disse que há. Não disse que seria fácil ou tipo megasena. A saída é Você literalmente cortar, extirpar, tudo o que é desnecessário! Literalmente. No fim de semana passado ao almoçarmos num restaurante durante um passeio dominical, vimos na mesa próxima um casal com três crianças. Duas falavam continuamente ao celular. A outra jogava no celular. Que belíssima reunião familiar! Cheguei a ficar emocionado. Os pais fingindo uma reunião e as crianças fingindo que estavam ali.
Escrevemos aqui sobre melhorar sua vida, e dissemos: loucura é querer algo diferente como resultado, semeando sempre as mesmas sementes. Pois mude suas sementes. Corte os gastos desnecessários. É pouco? A conta do celular do guri é só R$ 30,00/mês e isto é uma mixaria? Isto é R$ 360,00 ao ano e não é mixaria. Pode representar um mês de condomínio, ou uma mensalidade da escola (se não a principal, pode ser a de balé, de giugitsu, de karatê, de inglês, de francês, de javanês). São R$360,00! A questão é sempre somar. Você toma todo o seu ganho anual e avalia cada gasto também pelo somatório anual.
Fiz esta conta para uma amigo que pediu ajuda. O que ele tinha e foi cortado: uma prestação de um carro que mais ficava na garagem do que outra coisa. Isto foram R$600,00 mensais. Ele substituiu o carro por um usado se desfazendo do gasto (prestações) para apenas ter um novo. Os gastos mensais com dois celulares, um de sua mulher que trabalha em casa e outro do filho pequeno que apenas carregava para jogar, ouvir música e alguns papos com amiguinhos. O telefone agora usado é o de casa e o ouvir música e joguinhos o garoto usa um outro gadge que eles já possuíam sem conta mensal.
Esta brincadeira resultou em R$720,00 reais mensais. Ou seja, R$ 8.640,00 ao ano. E este valor poderia ser mensalmente investido o que resultaria em mais ao final de um ano. Ocorre que ele está usando tal valor para pagar as dívidas de cartões e cheque especial. E o que? Em 6 meses tais contas estarão zeradas e o valor, segundo se comprometeu consigo mesmo e sua família, irá para investimentos.
Esta é a melhor saída. Nada de ir ao banco pedir um empréstimo para pagar as contas de outros empréstimos. Você acabará pagando juros duas vezes. Se o cheque especial está no vermelho ou os cartões de crédito não são zerados a cada fatura, é porque Você está gastando mais do que ganha. Isto é simples! Não reclame das contas, aja! Corte gastos! É pouco por mês? Leia sobre a soma dos minutos no artigo Coaching: Todo o dia como um novo dia
Seguiremos amanhã, com menos vinagre, espero....
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Comente, concorde, discorde, fale algo!
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